sábado, 31 de maio de 2014

Polícia já tem nomes dos suspeitos de terem assassinado filha de Policial em Teófilo Otoni


Walkely-Damaceno-de-SouzaA jovem Walkely Damascena Souza de 24 anos em pouco tempo se formaria Agente Penitenciário , já estava no curso de formação , teve sua vida interrompida na data de ontem quando foi alvejada por dois dos 4 tiros disparos feitos em sua direção .
A policia recebeu informações que dois indivíduos em moto preta que teriam efetuado os disparos , com a ajuda de câmeras de monitoramento da região , será possível uma rápida localização e prisão dos autores . O crime chocou e sensibilizou a população , denúncias feitas via 190 e 181 ajudaram a policia a já levantar nomes de possíveis autores do crime .
Ate o momento os principais suspeitos e possível mandante continuam desaparecidos . A jovem era filha do Sargento Osmar da Policia Militar ,o corpo esta sendo velado na capelo velório da funerária Teófilo Otoni e segundo familiares sairá para sepultamento as 13 horas em local a ser divulgado .
Fonte: Elvis Passos

ilha de policial militar é assassinada a tiros em Teófilo Otoni


arma
Uma jovem de 24 anos, filha de um sargento da Polícia Militar foi morta a tiros na tarde desta sexta-feira, 30 de maio, em Teófilo Otoni/MG. Um ex-namorado da vítima é o principal suspeito do crime.
Segundo informações da Polícia Militar, o crime ocorreu na altura da Rua Doutor Onofre, tendo como vítima a jovem W.D.S. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima chegava à sua residência, quando foi alvejada por quatro disparos de arma de fogo. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no começo da noite de hoje.
O principal suspeito de cometer o crime é o ex-namorado da vítima. A Polícia Militar realiza grande operação com intuito de prender o criminoso.
Outras informações a qualquer momento!
Fonte: Jornalista Elvis Passos

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Para criminalista, Barbosa humilhou todo mundo e não deixa legado


NATUZA NERY
No dia do anúncio da aposentadoria de Joaquim Barbosa, o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disparou críticas ao ainda presidente do Supremo Tribunal Federal.

Na primeira delas, afirmou que o ministro não deixa legado jurídico, nada que sirva de base teórica para o direito.

"Ele não deixa nenhum legado. Não deixa um livro interessante; um acórdão profundo, uma tese. Nada. Eu, por exemplo, não vou nem criticar mais ele. A partir de agora, eu me nego até a falar dele", afirmou o advogado à Folha.

Em seguida, Kakay disse que Barbosa construiu sua trajetória humilhando colegas e até jornalistas.

"Eu acho que, na planície, ele vai mostrar o verdadeiro tamanho dele. Joaquim Barbosa humilhou juízes, humilhou procuradores, humilhou advogados, humilhou seus colegas de pleno (ministros do STF), humilhou jornalistas. Mas todo mundo, ou quase todo mundo, tinha uma reverência a ele porque era presidente do Supremo Tribunal Federal."


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Investigado por ameaça a Barbosa diz que fez 'idiotice' e se arrepende


Sérvolo Oliveira Silva é alvo de inquérito aberto pela PF a pedido do STF.

Em rede social, ex-petista postou que Barbosa morreria com tiro na cabeça.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
Alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) por conta de uma suposta ameaça de morte ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o ex-militante do PT Sérvolo de Oliveira e Silva afirmou em entrevista ao G1 que não quis ameaçar o presidente da mais alta corte do país e que se arrepende da mensagem com críticas ao magistrado em uma rede social. Segundo ele, a declaração foi "idiotice" e "lamentável".
Nesta quinta (29), após audiência com Barbosa, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que magistrado comunicou a ele que deixará o comando do Supremo e se aposentará em junho.
No começo de maio, a PF abriu inquérito policial a pedido do Supremo para investigar supostas ameaças a Barbosa. Segundo o STF, as denúncias chegaram por meio da Central do Cidadão e foram enviadas para a PF. O caso foi revelado pela revista "Veja" e confirmado pela PF.
Foi a maior idiotice que já fiz na minha vida. Eu não tenho esse caráter. Jamais mataria ninguém e nem quis fazer ameaças. Eu pediria desculpas públicas a Joaquim Barbosa e à sociedade. Já pedi de certa forma. Não foi correta a forma com que me dirigi a um ministro do Supremo, me arrependo"
Sérvolo de Oliveira e Silva, alvo de inquérito da PF por suposta ameaça de morte a Joaquim Barbosa
No post escrito em 15 de novembro, e que ainda está no perfil do Facebook, Sérvolo de Oliveira e Silva critica a elite, chama o presidente do Supremo de "traidor filho da p..." e pede para que "tirem as patas dos nossos heróis", em referência aos presos do processo do mensalão do PT.
"Joaquim Barbosa, seu desgraçado, você vai morrer de câncer ou com um tiro na cabeça. E quem vai mandar fazer isso são seus 'amigos', são os senhores do novo engenho, seu capitão do mato", diz o post.
Em entrevista ao G1, Sérvolo de Oliveira e Silva negou que tenha tido intenção de ameaçar o presidente do Supremo e afirmou que o post foi um "desabafo em tom equivocado e uma infelicidade".
"Foi um comentário infeliz, fiz previsão de acontecimentos, não fui feliz, foi desastroso. Digo que teria um fim ruim porque [Barbosa] está ultrapassando todos os limites dentro do que possamos chamar de razoável. Eu sei que o que Delúbio fez foi o que todo mundo faz desde o início da República, a República foi construída assim. Tem é que mudar a forma de financiamento, tirar a dependência do político de quem doa para campanha."
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado pelo STF a 6 anos e 8 meses de prisão pelo crime de corrupção ativa pelo esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de votos a favor do governo Lula no Congresso, o chamado mensalão.
Silva afirmou que pediria desculpas a Barbosa. "Foi a maior idiotice que já fiz na minha vida. Eu não tenho esse caráter. Jamais mataria ninguém e nem quis fazer ameaças. Eu pediria desculpas públicas a Joaquim Barbosa e à sociedade. Já pedi de certa forma. Não foi correta a forma com que me dirigi a um ministro do Supremo, me arrependo. Sei que essa atitude não contribui em nada para a construção de um país democrático."
Sérvolo de Oliveira e Silva tem 48 anos, 28 deles como militante do PT. Nasceu em Brasília e conta que no início da década de 1990 chegou a estudar no mesmo colégio que o filho de Joaquim Barbosa. Em 2000, se mudou para o Paraná. No ano passado, depois de uma separação, foi morar em Natal (RN), onde assumiu cargo de secretário de organização do partido no estado.
Segundo ele, após a declaração e antes da abertura da investigação, teve depressão e decidiu voltar para Foz do Iguaçu (PR) e reatar o casamento. Pediu desfiliação antes da mudança, que só foi confirmada posteriormente.
O advogado disse que no máximo eu posso até responder por injúria por esse maldito comentário. A minha preocupação hoje é deixar claro que não sou um assassino"
Sérvolo de Oliveira e Silva
Silva diz que jamais militaria no PT do Paraná em razão de "discrepâncias de opinião viscerais" – ele afirma que, no Paraná, sempre criticou o grupo liderado pelo deputado André Vargas (sem partido-PR), ex-PT, que é alvo de inquérito no STF por suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, suspeito de liberar esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.
Conforme o ex-militante petista que criticou Barbosa na internet, a PF enviou a intimação sobre o inquérito para o diretório do PT em Natal. Em razão disso, ele afirma que não teve tempo de constituir advogado e comparecer à audiência. Depois, a defesa procurou a PF do Paraná e tomou conhecimento do inquérito policial. Ele aguarda agora ser chamado para prestar depoimento.
"Estou à disposição das autoridades para esclarecer tudo. Acredito na integridade das instituições brasileiras e nos métodos republicanos da Polícia Federal. O advogado disse que no máximo eu posso até responder por injúria por esse maldito comentário. A minha preocupação hoje é deixar claro que não sou um assassino."
Minha Opiniao...NuA e Crua.
Que idiotice que nada... Que pedir desculpas que nada... Se e isso que você pensa foda-se
Mas que realmente e Barbosa. Um funcionário publico pago com o dinheiro do contribuinte e pelo jeito muito bem pago poies ele aumentam o próprio salario quando querem.
E esse negocio que falar e voltar atrás..
Isso e medo. Aqui e MG chama-se CUZAO
Pois o certo e quando não se gosta do sujeito à gente tem que falar para que o sujeito saiba que ele e um merda ou no popular vai tomar no meio do seu CÚ...
Pelo jeito o Sérvolo Oliveira  você não gosta dele ai pedir desculpas... Não vale, pois falou esta falado Melhor o mandar ir se fuder...


Justiça ganha com saída de juiz 'autoritário', diz advogado de Genoino

Luiz Fernando Pacheco comentou aposentadoria de Joaquim Barbosa.

Joaquim Barbosa deixará Supremo Tribunal Federal no final de junho.

Mariana Oliveira

Do G1, em Brasília

Advogado de José Genoino, Luiz Pacheco usa o argumento de que não há provas de que ele articulou o esquema de corrupção e tratava na busca de recursos para o mensalão.  (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)O advogado Luiz Pacheco, durante defesa de
Genoino no julgamento do mensalão, em 2012
(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT e ex-deputado federal José Genoino, disse ao G1 nesta quinta-feira (29) que a Justiça brasileira "ganha" com a saída de Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal.
"O Supremo Tribunal Federal e a Justiça brasileira ganham com o fim da judicatura de um mal juiz, autoritário, parcial e populista", disse Pacheco.
Genoino cumpre pena de 4 anos e 8 meses no presídio da Papuda, nos arredores de Brasília, pela condenação no processo do mensalão do PT.
O ex-deputado, que tem problemas cardíacos, foi preso em novembro do ano passado, mas passou mal no presídio e, desde então, obteve o direito a cumprir temporariamente a pena em prisão domiciliar provisória. A defesa pleiteava a prisão domiciliar definitiva, o que Barbosa negou. Por ordem de Joaquim Barbosa, Genoino voltou para cadeia no começo de maio.
A defesa de Genoino já recorreu para que o plenário do Supremo analise o caso. Joaquim Barbosa pediu parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e só depois deve levar o tema a julgamento. Para a defesa, manter o ex-parlamentar na prisão será impor "pena de morte".
Barbosa anunciou aos demais ministros no início da sessão desta quinta-feira (29) que se afastará do tribunal no final de junho.
Aos 59 anos, ele deixará o cargo de ministro e a presidência do STF. Pelas regras do tribunal, se não fosse por decisão pessoal, Barbosa só teria de deixar o Supremo quando completasse 70 anos, idade a partir da qual os ministros são aposentados compulsoriamente.

Dirceu recorre de decisão que o impede de deixar o presídio para trabalhar

  • 29/05/2014 11h36
  • Brasília
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Brasília - O STF começa a julgar os embargos infringentes no processo do mensalão dos réus José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, Kátia Rabello e José Roberto Salgado (José Cruz/Agência Brasil)
Dirceu recorre de decisão que o impede de deixar o presídio para trabalharJosé Cruz/Agência Brasil
Condenado na Ação Penal 470, o chamado mensalão, o ex-ministro José Dirceu voltou a recorrer de uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Desta vez, os advogados do petista ingressaram na Corte com um habeas corpus contra a recusa de Barbosa de autorizar Dirceu a deixar o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF), para trabalhar em um escritório de advocacia durante o dia.
No início do mês, ao negar a autorização para que Dirceu deixasse a Papuda, Barbosa justificou a decisão alegando entender que o ex-ministro não pode trabalhar fora do presídio por não ter cumprido um sexto da pena de sete anos e 11 meses de prisão, ou seja, pouco mais de 15 meses. Dirceu está preso desde 15 de novembro de 2013 – pouco mais de seis meses.
No pedido de liminar protocolado ontem (28), os advogados de Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, Rodrigo Dall'Acqua e Camila Torres César alegam que a decisão de Barbosa é um constrangimento ilegal ao ex-ministro. Segundo a defesa, embora Dirceu tenha sido condenado a cumprir sua pena em regime semiaberto, a decisão do ministro o mantém em regime fechado. Os advogados também pedem que Barbosa seja excluído da livre distribuição do pedido de habeas corpus, pois ele é o relator da execução penal.
Segundo informações divulgadas no blog de Dirceu, os próprios advogados de Dirceu reconhecem que, em tese, não cabem pedidos de habes corpus contra decisões de ministros do STF, mas justificam o pedido de liminar apontando o ineditismo da situação: desde que Barbosachegou à presidência da Suprema Corte, em novembro de 2012, o STF passou a comandar também as execuções penais. Os advogados também alegaram que o ministro Joaquim Barbosa atenta contra a liberdade de um cidadão, violando direitos individuais assegurados pela Constituição.
O presidente do STF revogou também o benefício que já havia sido concedido a mais sete condenados na Ação Penal 470: do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares; o ex-deputado Romeu Queiroz; o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino; os ex-deputados Valdemar Costa Neto, Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa e do ex-tesoureiro do extinto PL, Jacinto Lamas. Barbosa jápediu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os recursos apresentados por Dirceu e por Delúbio Soares, além do pedido do ex-deputado José Genoino para voltar a cumprir prisão domiciliar.
A decisão de Barbosa vem sendo questionada e criticada por entidades como a Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que, em nota, afirmou que as instituições brasileiras não podem ser “dependentes de virtudes ou temperamentos individuais”.
Ontem, ao participar de um evento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, disse, sem citar o ministro Joaquim Barbosa, que uma mudança na aplicação da regra para a concessão do benefício do trabalho externo vai prejudicar mais de 77 mil detentos nessa situação. “A função da pena não é a vingança contra o ser humano. Pelo contrário, trata-se de uma tentativa de ressocializá-lo”.
No mesmo evento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a necessidade de cumprimento de um sexto da pena, antes da concessão do benefício do trabalho externo a presos no regime semiaberto, pode causar insegurança jurídica e presos nessa situação.

Barbosa anuncia aposentadoria, diz Renan Calheiros

  • Presidente do STF esteve hoje reunido com a presidente Dilma Rousseff no Planalto
CAROLINA BRÍGIDO E LUIZA DAMÉ (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)
Publicado: 
 
Atualizado: 
Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa Foto: Givaldo Barbosa / O Globo
Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa Givaldo Barbosa / O Globo
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, comunicou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deixará o tribunal. O encontro foi na presidência do Senado.
- Ele (Joaquim) disse que vai deixar o STF. Nos comunicou que a visita era para se despedir. Sentimos muito porque é uma das melhores personalidades do país. Estamos muito triste - disse Renan Calheiros.
O presidente do Senado afirmou que a aposentadoria de Joaquim Barbosa deve se dar em junho, mas ainda não teria data confirmada.
No percurso entre o Senado e o gabinete do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Joaquim evitou confirmar, mas indiretamente deixou claro que vai se aposentar mesmo.
- Aguardem. Direi no momento oportuno. Não confirmo nada - disse Joaquim.
Mas, ao ser perguntado por uma repórter se deixará o tribunal em junho, o presidente do STF deixou claro que está de saída.
- Não tem data ainda
Antes de ir para o Senado, Barbosa se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi Barbosa quem pediu a audiência, que durou cerca de 15 minutos. Segundo o Planalto, participaram do encontro somente Barbosa e Dilma. O ministro pediu que a presidente mantivesse reserva sobre o teor da conversa.


Joaquim Barbosa nega trabalho externo a José Dirceu Leia mais sobre esse assunto em

  • Execuções Penais exige o cumprimento de ao menos um sexto da pena para a concessão do benefício, alega Barbosa
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 O ex-ministro José Dirceu Foto: Michel Filho / Arquivo O Globo
O ex-ministro José Dirceu Michel Filho / Arquivo O Globo
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, negou o pedido feito pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para trabalhar fora da prisão. Ele citou o artigo 37 da Lei de Execuções Penais, que exige o cumprimento de ao menos um sexto da pena para a concessão do benefício a detentos no regime semiaberto. Dirceu cumpre pena de sete anos e onze meses de prisão na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde 15 de novembro do ano passado. O direito, portanto, só poderia ser concedido depois que ele passar pelo menos um ano, três meses e 25 dias na cadeia.
Uma causa julgada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 1999 definiu que a regra só serve para presos em regime fechado, e não no regime semiaberto. Varas de Execuções Penais de todo o país têm seguido essa jurisprudência. No entanto, Barbosa ponderou que o STF não se submete a essa norma – e que o próprio STJ já decidiu processos de forma diferente. O ministro criticou duramente juízes que deixam de aplicar a regra para presos no semiaberto.
“Ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena total aplicada ao condenado a regime semiaberto, as VEPs e o Superior Tribunal de Justiça tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto, sem que o Código Penal ou a Lei de Execução Penal assim o tenham estabelecido. Noutras palavras, ignora-se às claras o comando legal, sem qualquer justificativa minimamente aceitável”, escreveu o presidente do STF.
Presidente do STF classifica proposta de emprego de arranjo entre amigos
Barbosa pondera que, além de não cumprir o requisito temporal, Dirceu não tem uma oferta de emprego de empresa conveniada com o poder público, o que dificultaria a fiscalização disciplinar do preso enquanto trabalha. A proposta de trabalho apresentada pelo petista foi feita pelo advogado José Gerardo Grossi, um dos mais renomados criminalistas de Brasília. O ministro classificou a oferta de trabalho como uma mera “action de complaisance entre copains” (em francês, um arranjo entre amigos).
Para Barbosa, o emprego ofertado seria “absolutamente incompatível com a execução da sentença penal”. Isso porque, segundo o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os escritórios de advocacia gozam da prerrogativa de inviolabilidade no país, “o que não se harmoniza com o exercício, pelo Estado, de fiscalização do cumprimento da pena”. O ministro acrescenta que o trabalho é de “natureza inapropriada”, já que o dono do escritório não fica no local o dia inteiro. Por isso, a fiscalização de Dirceu ficaria prejudicada.
O ministro fez dura crítica à proposta de trabalho, dando a entender que o escritório de Grossi estaria prestando um favor à defesa de Dirceu. “O direito de punir indivíduos definitivamente condenados pela prática de crimes, que é uma prerrogativa típica do Estado, compatibiliza-se com esse inaceitável ‘trade-off’ (em inglês, troca de favores) entre proprietários de escritórios de advocacia criminal? Harmoniza-se tudo isso com o interesse público, com o direito da sociedade de ver os condenados cumprirem regularmente as penas que lhes foram impostas?”, indaga o presidente do STF.
E arremata: “O exercício da advocacia é atividade nobre, revestida de inúmeras prerrogativas. Não se presta a arranjos visivelmente voltados a contornar a necessidade e o dever de observância estrita das leis e das decisões da Justiça”.
Por fim, Barbosa afirmou que não há necessidade de autorizar a saída de Dirceu para trabalhar, porque o preso já faz isso dentro da Papuda. O petista trabalha na biblioteca do presídio e também ajuda na limpeza. “Não há, assim, motivo para autorizar a saída do preso para executar serviços da mesma natureza do que já vem executando atualmente, considerada a finalidade do trabalho do condenado”, diz o ministro, citando artigo da Lei de Execuções Penais que ressalta o dever social e de dignidade do trabalho do preso.
A proposta de trabalho feita por Grossi daria ao petista a chance de organizar a biblioteca do escritório dele e realizar pesquisas jurisprudenciais, além de realizar serviços administrativos. O salário oferecido é de R$ 2.100 e o expediente seria das 8h às 18h, com intervalo para almoço entre 12h e 14h.
Ontem, o presidente do STF revogou as autorizações de trabalhar e estudar fora da prisão concedidas ao ex-deputado Romeu Queiroz e o direito de trabalho externo do advogado Rogério Tolentino. O argumento foi o mesmo dado na negativa do pedido de José Dirceu.
Advogado de Dirceu considera decisão de Barbosa equivocada
O advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, disse ter visto "com perplexidade" a decisão do presidente do Supremo.
- Joaquim Barbosa é humano e erra também. Houve (na decisão do ministro) uma interpretação equivocada da lei, da jurisprudência e dos fatos.
- (Vejo) com perplexidade porque a decisão deixa de lado a jurisprudência consolidada no nosso país, consolidada em todos os tribunais brasileiros, consolidada no Superior Tribunal de Justiça. Mesmo que o sentenciado não tenha cumprido um sexto da pena, no regime semiaberto ele poderia trabalhar fora do presídio - disse o advogado, que acrescentou que ainda espera que Barbosa leve o recurso que ele apresentará ao plenário do STF para ser analisado.
Questionado se haveria uma perseguição do ministro em relação a Dirceu, Lima comentou.
- Seria leviano se eu fizesse essa afirmação.
Sobre o fato de que a filha de Dirceu, Joana Saragoça, teria visitado o ex-ministro sem aguardar na fila de familiares, o advogado não quis tecer comentários.
- Só trato de questões jurídicas. Defendo o ex-ministro desde 2005 e não me manifesto sobre questões políticas e familiares.







































































































































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