sexta-feira, 16 de maio de 2014

Paralisação de motoristas gera protestos de passageiros em Goiás

Terminal Bandeiras está fechado após depredação de, pelo menos, 15 ônibus.

Outros sete terminais estão com atendimento comprometido nesta manhã.

Fernanda Borges e Vitor Santana

Do G1 GO

Passageiros revoltados depredaram ônibus no Terminal Bandeiras, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Passageiro depreda ônibus no Terminal Bandeiras, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Uma paralisação de motoristas de ônibus gera transtornos aos usuários do transporte coletivo na manhã desta sexta-feira (16) na Grande Goiânia. De acordo com a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), o atendimento no Terminal Bandeiras foi totalmente interrompido, depois que passageiros revoltados protestaram, quebraram lixeiras e depredaram, pelo menos, 15 ônibus. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e permanece no local para controlar a situação.
Segundo a PM, alguns passageiros também tentaram saquear máquinas que vendem alimentos e bebidas. Apesar da confusão, ninguém chegou a ser preso e também não há o registro de feridos.
Além do Terminal Bandeiras, segundo a RMTC, há problemas em pelo menos mais sete terminais: Praça da Bíblia e Praça A, em Goiânia, que têm atendimento parcial das linhas, e  Cruzeiro, Garavelo, Veiga Jardim, Vila Brasília e Araguaia, em Aparecida de Goiânia, onde os ônibus circulam apenas por fora dos terminais.

Ainda de acordo com a RMTC, 131 linhas de ônibus das 272 que circulam na Grande Goiânia foram diretamente afetadas. O órgão ainda não tem o levantamento de quantos passageiros foram prejudicados.
Reivindicações
De acordo com o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), a paralisação dos motoristas  ocorre porque a categoria não aprova o acordo feito pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Passageiros de Goiânia (Setransp) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte), representante legal dos motoristas, que concedeu um aumento de 7% ao salário dos funcionários.
Batalhão de Choque da PM foi enviado ao terminal para controlar manifestação (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Batalhão de Choque da PM foi enviado ao terminal para controlar tumulto (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Com o acordo, o salário dos motoristas que era de R$ 1.445,14 foi reajustado para R$ 1.546,30 e o vale-alimentação, que era de R$ 375, passa a ser R$ 435. Representantes do Sindicoletivo afirmam que não foram convidados para participar das negociações entre motoristas e empresas e avaliam a possibilidade de decretação de greve. “A categoria reivindica que as empresas façam uma assembleia com os motoristas para que a categoria avalie qual deve ser o reajuste na remuneração”, afirmou ao G1 o advogado do Sindicoletivo, Nabison Santana Cunha.
Segundo o advogado, o Sindicoletivo lamenta os protestos registrados nesta sexta-feira. "Nós lamentamos esses atos da população. Não era a intenção da categoria provocar essa situação de quebra-quebra. Os motoristas também são tão vítimas dos problemas do transporte público quanto os usuários", ressaltou.
G1 tentou contato com o Sindittransporte , mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), que regula o transporte público na Região Metropolitana, também foi procurada, mas não houve retorno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário