A demissão de Jorge Kajuru da Band por Adilon no Videolog.tv.
Após ser substiuído no ar pelo jornalista Fernando Nardini, e suspenso por uma semana, o apresentador Jorge Kajuru que aguardava uma decisão da emissora foi demitido ontem da Bandeirantes por criticar Aécio Neves em relação aos ingressos e convites para o jogo Brasil e Argentina.
Será mais uma do governador que controla com mãos de ferro a imprensa do Estado?
Será mais uma do governador que controla com mãos de ferro a imprensa do Estado?
Particularmente não gosto muito de Kajuru. Como alguns comentários podem enfatizar muito este aspecto pessoal peço que se concentrem nos fatos.
Nota de Kajuru:
"Aos meus amigos e amigas:
Pela permissão que você me concede de entrar na sua casa, tenho a obrigação de sempre lhe falar a verdade, nada mais que a verdade.
Para quem não assistiu à segunda edição do Esporte Total na última quarta-feira, dia 02, às 20h15min, aqui vão os motivos pelos quais estou mais uma vez fora do ar:
1º - A Band Minas escolheu o portão do Mineirão como cenário de minha apresentação ao vivo. Desde 19h30 eu assistia a uma revolta de centenas de torcedores que não puderam comprar ingressos e que não tinham 400 reais para comprar nas mãos de cambistas. Toda a imprensa tinha conhecimento que somente 42 mil ingressos foram destinados ao grande público. E que mais de 10 mil ingressos-convites estavam nas mãos do governador Aécio Neves e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Quando eu passei a ver de perto a revolta dos torcedores deficientes físicos que não podiam ter acesso ao portão que sempre foi para entrada exclusiva deles e que, naquele jogo Brasil e Argentina, estava destinado a artistas, políticos e seus acompanhantes, aí sim comecei a mostrar ao vivo o que estava acontecendo. Fiquei indignado.
2º - Primeiro entrei ao vivo no Jornal da Band com o Carlos Nascimento. Relatei os fatos, mostrei tudo! E devolvi para o Nascimento, que fez o seguinte comentário: "A gente gosta do Kajuru por isto. Porque ele fala o que ninguém fala e mostra o que ninguém mostra".
3º - Às 20h30min, meia hora depois, comecei a apresentar ao vivo o Esporte Total do mesmo lugar. Ali não parava de chegar todo tipo de político e de artista sem ingresso, apenas com o envelope azul do convite do governo de Minas. E ali aumentava, cada vez mais, a revolta das pessoas. Cumpri meu dever jornalístico. Mostrei tudo e entrevistei alguns torcedores. Às
20h30min, quando me dirigia a um torcedor na cadeira de rodas, que apontava uma carteirinha e, aos gritos, dizia que era uma lei federal e que ele deveria ter prioridade para entrar, eu disse: "Mais um conflito que você vai ver logo depois do 1º intervalo do Esporte Total!!"
Conclusão: até agora não voltei! Estou fora do ar esperando pela decisão da emissora!
Decisão: nesta quarta-feira, dia 09, a direção da Band me demitiu às 11 horas da manhã. O diretor de jornalismo, Fernando Mitre, fez a comunicação e disse que saio de portas abertas e que a empresa tem certeza que um dia ainda vou voltar.
De minha parte saio sem nenhuma mágoa e francamente agradecendo à Band por ter me dado tanta liberdade até o dia dos episódios: Casas Bahia e governador Aécio Neves. A estes dois deixo a mensagem de que continuo sendo jornalista.
À Band deixo a minha compreensão de que mundo econômico é assim mesmo: um conflito permanente da liberdade de imprensa, neste Brasil mais chegado à liberdade de empresa e de autoridade. Nesses 30 anos de carreira muitas coisas perdi em função da postura mas felizmente duas coisas eu não vou perder jamais: a minha dignidade e o meu direito pleno de indignar as coisas erradas. Essas duas coisas pertencem a mim, não estão em contrato e ninguém pode me tirar.
Agora, me dirijo a você, que me assistiu durante esses 14 meses na Band: Muito obrigado por tudo e principalmente por ter dado a mim a certeza de que vale a pena ser digno, continuar transparente e seguir numa relação de mão dupla com você de casa. É isso aí e orgulhosamente volto a ser pobre, feio, mas pelo menos magro. Até a próxima demissão.
Jorge Kajuru"
Nota de Kajuru:
"Aos meus amigos e amigas:
Pela permissão que você me concede de entrar na sua casa, tenho a obrigação de sempre lhe falar a verdade, nada mais que a verdade.
Para quem não assistiu à segunda edição do Esporte Total na última quarta-feira, dia 02, às 20h15min, aqui vão os motivos pelos quais estou mais uma vez fora do ar:
1º - A Band Minas escolheu o portão do Mineirão como cenário de minha apresentação ao vivo. Desde 19h30 eu assistia a uma revolta de centenas de torcedores que não puderam comprar ingressos e que não tinham 400 reais para comprar nas mãos de cambistas. Toda a imprensa tinha conhecimento que somente 42 mil ingressos foram destinados ao grande público. E que mais de 10 mil ingressos-convites estavam nas mãos do governador Aécio Neves e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Quando eu passei a ver de perto a revolta dos torcedores deficientes físicos que não podiam ter acesso ao portão que sempre foi para entrada exclusiva deles e que, naquele jogo Brasil e Argentina, estava destinado a artistas, políticos e seus acompanhantes, aí sim comecei a mostrar ao vivo o que estava acontecendo. Fiquei indignado.
2º - Primeiro entrei ao vivo no Jornal da Band com o Carlos Nascimento. Relatei os fatos, mostrei tudo! E devolvi para o Nascimento, que fez o seguinte comentário: "A gente gosta do Kajuru por isto. Porque ele fala o que ninguém fala e mostra o que ninguém mostra".
3º - Às 20h30min, meia hora depois, comecei a apresentar ao vivo o Esporte Total do mesmo lugar. Ali não parava de chegar todo tipo de político e de artista sem ingresso, apenas com o envelope azul do convite do governo de Minas. E ali aumentava, cada vez mais, a revolta das pessoas. Cumpri meu dever jornalístico. Mostrei tudo e entrevistei alguns torcedores. Às
20h30min, quando me dirigia a um torcedor na cadeira de rodas, que apontava uma carteirinha e, aos gritos, dizia que era uma lei federal e que ele deveria ter prioridade para entrar, eu disse: "Mais um conflito que você vai ver logo depois do 1º intervalo do Esporte Total!!"
Conclusão: até agora não voltei! Estou fora do ar esperando pela decisão da emissora!
Decisão: nesta quarta-feira, dia 09, a direção da Band me demitiu às 11 horas da manhã. O diretor de jornalismo, Fernando Mitre, fez a comunicação e disse que saio de portas abertas e que a empresa tem certeza que um dia ainda vou voltar.
De minha parte saio sem nenhuma mágoa e francamente agradecendo à Band por ter me dado tanta liberdade até o dia dos episódios: Casas Bahia e governador Aécio Neves. A estes dois deixo a mensagem de que continuo sendo jornalista.
À Band deixo a minha compreensão de que mundo econômico é assim mesmo: um conflito permanente da liberdade de imprensa, neste Brasil mais chegado à liberdade de empresa e de autoridade. Nesses 30 anos de carreira muitas coisas perdi em função da postura mas felizmente duas coisas eu não vou perder jamais: a minha dignidade e o meu direito pleno de indignar as coisas erradas. Essas duas coisas pertencem a mim, não estão em contrato e ninguém pode me tirar.
Agora, me dirijo a você, que me assistiu durante esses 14 meses na Band: Muito obrigado por tudo e principalmente por ter dado a mim a certeza de que vale a pena ser digno, continuar transparente e seguir numa relação de mão dupla com você de casa. É isso aí e orgulhosamente volto a ser pobre, feio, mas pelo menos magro. Até a próxima demissão.
Jorge Kajuru"
completando
Sobre o episódio "Casas Bahia" comentado na nota: ocorreu que Kajuru, ao comentar sobre lavagem de dinheiro no futebol em um dos seus programas de domingo, Kajuru exibiu uma entrevista de Mário Sérgio, ex-técnico do São Caetano, dizendo que o proprietário das Casas Bahia (maior anunciante da bandeirantes) era parceiro do clube. Por isso ele foi suspenso por uma semana.
DITADOR DAS GERAIS, AÉCIO "SNOWS" DETERMINA PENSAMENTO ÚNICO


Moção de Repúdio
Nós jornalistas profissionais mineiros, reunidos no VIII Congresso Estadual, em Mariana, manifestamos nossa indignação com a qualidade da cobertura que está sendo feita pelos veículos de comunicação sobre o movimento grevista dos policiais militares e civis. Ao contrário da cobertura feita durante a greve da Polícia Militar em 1997, quando diversos profissionais mineiros receberam prêmios nacionais pela forma ética e isenta de levar informação de qualidade a toda população, a atual comporta como se a "Lei da Mordaça" já tivesse sido institucionalizada em Minas Gerais.
Entendemos que está sendo cometido um inadmissível atentado contra a liberdade de imprensa e contra um dos princípios básicos do jornalismo: sempre dar voz as partes envolvidas. O alinhamento de alguns veículos à posição patronal, no caso o Governo Aécio Neves, demonstra mais uma vez que a liberdade de expressão está comprometida em Minas Gerais.
Da mesma forma, manifestamos nossa preocupação com a postura autoritária do Governodo Estado que substituiu o diálogo com os trabalhadores em segurança pública pela convocação do Exercito, que sabidamente não foi treinado para atuar em situações típicas de área urbana, colocando em risco a população de Belo Horizonte.
Mariana, 6 de junho de 2004
Aprovada por aclamação pelo Plenário do VIII Congresso Estadual de Jornalistas
Carta aos veículos
Belo Horizonte, 07 de junho de 2004
Ilmo. Sr.
Álvaro Teixeira da Costa
DD. Diretor Geral da
S/a Estado de Minas
Capital
Senhor diretor:
Estamos encaminhando a V.Sª. cópia de moção aprovada pelos jornalistas mineiros, em Mariana, durante a realização do VIII Congresso Estadual de Jornalistas, que contou com a participação de mais de 250 profissionais de imprensa da Capital e do Interior do Estado e com a presença, entre outras personalidades, do ministro Nilmário Miranda, secretário especial de Direitos Humanos; embaixador do Brasil em Havana, Tilden José Santiago; senador Hélio Costa; secretario de Estado do Turismo, deputado federal Herculano Anghinetti; vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristóteles Atheniense, e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Federal Mário Heringer.
Na referida moção, os jornalistas mineiros repudiam veementemente a censura imposta aos veículos de comunicação social por suas direções na cobertura dos fatos relacionados com o movimento grevista das forças de segurança do Estado o que motivou a utilização de tropas de Exército, aquarteladas em guarnições de diversos pontos do País e que, em manobra de extrema rapidez, ocuparam as ruas de Belo Horizonte.
Os jornalistas mineiros não analisam o mérito da operação, assim como, nos parece, a própria sociedade mineira, por falta de informações, uma vez que nossos veículos de comunicação se limitaram a ouvir um só lado envolvido nesse triste episódio, qual seja, as autoridades, mesmo que democraticamente constituídas.
Comportamentos desta natureza restringem a liberdade de imprensa e de informação, fragilizam e desmoralizam os profissionais de imprensa e, o que é pior, negam à sociedade o seu fundamental direito de ser bem informada, sobretudo em um momento e uma situação que dizem respeito direto às suas vidas e sua segurança.
Os jornalistas mineiros e o sindicato que os representa não aceitam conviver com essa política, nociva aos interesses de todos, sobretudo quando sabemos que, por trás dela, existem inconfessáveis interesses. Além disso, faz renascer a auto-censura, de nefasta memórias dos tempos do regime de exceção.
Já dizia o filosofo e tribuno romano Sêneca: "A pior servidão é aquela que a nós mesmo nos impomos". Ao aceitar pressões e interferências externas em sua linha editorial, os veículos de comunicação não apenas renunciam sua própria liberdade como condenam todo o povo mineiro à servidão de governos que, embora democraticamente eleitos, não são democratas.
Atenciosamente,
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
Aloísio Lopes - presidente
Com cópia para: Josemar Gimenez (Diretor de Redação - Estado de Minas)
Baptista Chagas (Editor de Política - Estado de Minas)
Beni Cohen (TV Alterosa)
Fábio Doyle (Diário da Tarde)
MATÉRIA VEICULADA AQUI POR
www.HeitorReis.fr.fm
O título dado aqui não é original da matéria.
Ditadura da mídia em MG!
Nós jornalistas profissionais mineiros, reunidos no VIII Congresso Estadual, em Mariana, manifestamos nossa indignação com a qualidade da cobertura que está sendo feita pelos veículos de comunicação sobre o movimento grevista dos policiais militares e civis. Ao contrário da cobertura feita durante a greve da Polícia Militar em 1997, quando diversos profissionais mineiros receberam prêmios nacionais pela forma ética e isenta de levar informação de qualidade a toda população, a atual comporta como se a "Lei da Mordaça" já tivesse sido institucionalizada em Minas Gerais.
Entendemos que está sendo cometido um inadmissível atentado contra a liberdade de imprensa e contra um dos princípios básicos do jornalismo: sempre dar voz as partes envolvidas. O alinhamento de alguns veículos à posição patronal, no caso o Governo Aécio Neves, demonstra mais uma vez que a liberdade de expressão está comprometida em Minas Gerais.
Da mesma forma, manifestamos nossa preocupação com a postura autoritária do Governodo Estado que substituiu o diálogo com os trabalhadores em segurança pública pela convocação do Exercito, que sabidamente não foi treinado para atuar em situações típicas de área urbana, colocando em risco a população de Belo Horizonte.
Mariana, 6 de junho de 2004
Aprovada por aclamação pelo Plenário do VIII Congresso Estadual de Jornalistas
Carta aos veículos
Belo Horizonte, 07 de junho de 2004
Ilmo. Sr.
Álvaro Teixeira da Costa
DD. Diretor Geral da
S/a Estado de Minas
Capital
Senhor diretor:
Estamos encaminhando a V.Sª. cópia de moção aprovada pelos jornalistas mineiros, em Mariana, durante a realização do VIII Congresso Estadual de Jornalistas, que contou com a participação de mais de 250 profissionais de imprensa da Capital e do Interior do Estado e com a presença, entre outras personalidades, do ministro Nilmário Miranda, secretário especial de Direitos Humanos; embaixador do Brasil em Havana, Tilden José Santiago; senador Hélio Costa; secretario de Estado do Turismo, deputado federal Herculano Anghinetti; vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristóteles Atheniense, e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Federal Mário Heringer.
Na referida moção, os jornalistas mineiros repudiam veementemente a censura imposta aos veículos de comunicação social por suas direções na cobertura dos fatos relacionados com o movimento grevista das forças de segurança do Estado o que motivou a utilização de tropas de Exército, aquarteladas em guarnições de diversos pontos do País e que, em manobra de extrema rapidez, ocuparam as ruas de Belo Horizonte.
Os jornalistas mineiros não analisam o mérito da operação, assim como, nos parece, a própria sociedade mineira, por falta de informações, uma vez que nossos veículos de comunicação se limitaram a ouvir um só lado envolvido nesse triste episódio, qual seja, as autoridades, mesmo que democraticamente constituídas.
Comportamentos desta natureza restringem a liberdade de imprensa e de informação, fragilizam e desmoralizam os profissionais de imprensa e, o que é pior, negam à sociedade o seu fundamental direito de ser bem informada, sobretudo em um momento e uma situação que dizem respeito direto às suas vidas e sua segurança.
Os jornalistas mineiros e o sindicato que os representa não aceitam conviver com essa política, nociva aos interesses de todos, sobretudo quando sabemos que, por trás dela, existem inconfessáveis interesses. Além disso, faz renascer a auto-censura, de nefasta memórias dos tempos do regime de exceção.
Já dizia o filosofo e tribuno romano Sêneca: "A pior servidão é aquela que a nós mesmo nos impomos". Ao aceitar pressões e interferências externas em sua linha editorial, os veículos de comunicação não apenas renunciam sua própria liberdade como condenam todo o povo mineiro à servidão de governos que, embora democraticamente eleitos, não são democratas.
Atenciosamente,
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
Aloísio Lopes - presidente
Com cópia para: Josemar Gimenez (Diretor de Redação - Estado de Minas)
Baptista Chagas (Editor de Política - Estado de Minas)
Beni Cohen (TV Alterosa)
Fábio Doyle (Diário da Tarde)
MATÉRIA VEICULADA AQUI POR
www.HeitorReis.fr.fm
O título dado aqui não é original da matéria.

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